• Fórum de Educação da AEBJ

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1. Visando a coexistência na sociedade japonesa:

Cada vez mais brasileiros têm fixado residência no Japão, apesar da ansiedade social causada pela COVID-19. As escolas brasileiras (escolas reconhecidas como Miscellaneous School e as não reconhecidas) sabem da importância de conviver com a comunidade local e de formar jovens que possam contribuir para a coexistência nessa sociedade. Ao mesmo tempo, essas escolas, com mais de 20 anos de experiência em atividade educacional, consideram prioritária a missão de cooperar para a educação de crianças estrangeiras. Porque no futuro essas crianças de hoje serão os adultos que atuarão como membros das comunidades locais.

As crianças, que mantêm a identidade brasileira, pensam na língua nativa e herdam a cultura do Brasil. Elas trarão mais vitalidade ao nosso país e sempre terão um papel ativo na comunidade em um futuro multicultural. À medida que as metas de crescimento sustentável estão sendo reivindicadas em todo o mundo, reconhecemos que as escolas brasileiras precisam desenvolver plenamente as habilidades de cada um dos alunos e construir uma sociedade na qual eles possam demonstrar essas habilidades.

Solicitamos que o governo japonês tome iniciativas (ao invés de deixar tudo a cargo dos governos locais) para esclarecer a posição das escolas estrangeiras e para criar um ambiente no qual os alunos matriculados nessas escolas brasileiras possam crescer plenamente como líderes da comunidade local, haja vista o aumento do número de crianças brasileiras nascidas no Japão.

 

2. Importância do ensino da língua japonesa:

 

Há um aumento no número de estudantes de escolas brasileiras que desejam ingressar em universidade japonesa ou trabalhar no mercado japonês e para isso é necessário que eles tenham conhecimento da língua japonesa de bom nível e adequado às suas habilidades.

 Entendemos ser necessário adquirir a proficiência em japonês nos níveis N1 ou N2 do Exame de Proficiência da Língua Japonesa (JLPT) até a conclusão do Ensino Médio.

Para que esses estudantes consigam esses níveis é necessário que as escolas tenham uma base financeira para a contratação de professores qualificados e preparados para ensinar língua japonesa para crianças estrangeiras.

Queremos trabalhar com as escolas das comunidades locais estabelecendo uma estrutura de trabalho mútuo para a educação dos nossos estudantes brasileiros como também contribuir na formação multicultural dos estudantes de escolas japonesas. Para que isso ocorra é necessário que haja o reconhecimento de escolas brasileiras pelas comunidades locais.

Além disso, pretendemos desenvolver o "Estudo sobre o Ensino da Língua Japonesa nas Escolas Brasileiras” para tornar visíveis a experiência e o conhecimento que as escolas brasileiras cultivaram até agora e apresentar medidas adequadas para alunos dessas instituições adquirirem o conhecimento da língua japonesa, com o objetivo de facilitar acesso ao Teste de Proficiência em Língua Japonesa.


3.
Contribuição como instituição de ensino de língua japonesa na comunidade local:

Conforme anunciado pelo Ministério da Educação, Cultura, Esportes, Ciência e Tecnologia em 27 de setembro de 2019, uma em cada cinco crianças estrangeiras em idade escolar está fora da rede de ensino. Nestas circunstâncias, e em meio à pandemia da COVID-19, muitos estrangeiros que trabalham em condições de emprego instáveis não conseguem sequer cumprir o dever de matricular os filhos nas escolas por razões financeiras. A maioria das escolas brasileiras, que participaram do projeto "Rainbow Bridge (Niji no Kakehashi)”, por exemplo, conhece o motivo da evasão escolar e as soluções para viabilizar a adaptação das crianças estrangeiras à sociedade japonesa.

Desejamos que os alunos matriculados nas escolas brasileiras tenham oportunidade garantida para crescer adequadamente. Para isso, estamos dispostos para colaborar com pesquisas sobre a evasão escolar e a apresentar sugestões para solucionar esse problema, além de atuar no apoio às crianças brasileiras no Japão na aprendizagem da língua materna e também àquelas que necessitam de ajudas especiais.  

Além disso, para promover a adaptação dos jovens brasileiros à sociedade japonesa, solicitamos maior interação com professores japoneses enviados pelos governos locais para que eles ministrem aulas de língua japonesa nas escolas brasileiras. Acreditamos que esse intercâmbio entre as escolas brasileiras e japonesas que ficam na mesma região ajudará a oferecer uma educação rica a todas as crianças que vivem no local.

 

4. Educação infantil e serviço de creche gratuito:

A educação infantil e os serviços de creche passaram a ser gratuitos a partir de outubro de 2019. A maioria das escolas brasileiras oferece educação infantil ou opera creches reconhecidas ou não reconhecidas (registradas ou não registradas).

As escolas brasileiras têm contribuído muito para solucionar o problema de falta de vaga nas creches no Japão, atendendo às necessidades de cada região como uma instituição local. 

Na implementação da concessão de gratuidade às creches e às instituições de ensino infantil, solicitamos que a medida abranja também escolas brasileiras reconhecidas como Miscellaneous School para atuar como creches ou instituições de ensino infantil. Reivindicamos também que as escolas brasileiras sem esse reconhecimento sejam permitidas para operarem creches não homologadas.

 

5. Sistema de gestão de higiene escolar em meio à pandemia da COVID-19 e o sistema de gestão de higiene escolar em tempos normais:

 

Levando em consideração o fato de muitos jovens brasileiros frequentarem as escolas brasileiras com ou sem reconhecimento, acreditamos que há medidas higiênicas necessárias a serem adotadas. Consideramos positiva a postura do nosso país que está mais comprometido a ajudar as escolas brasileiras e os alunos matriculados nessas instituições em tempos de pandemia da COVID-19. Reconhecemos que surtiu certo efeito o lançamento das diretrizes de controle de infecção e a prestação de assistência conforme essas diretrizes.

No entanto, atualmente, as escolas brasileiras no Japão não estão sujeitas à "Lei de Saúde e Segurança Escolar", "Lei do Centro de Promoção Esportiva do Japão (Benefício de Auxílio Mútuo em Desastres)" e "Lei de Merenda Escolar" para proteger a saúde das crianças. Assim, essas instituições não conseguem sequer realizar exames de saúde necessários para crianças e alunos.

Solicitamos a adaptação das medidas de "saúde escolar e segurança escolar” para o bom desenvolvimento físico e mental das crianças e também para combater o novo coronavírus, baseado na realidade de que as crianças vivem em grupos nas escolas (e em sua maioria), em tempo integral.

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A AEBJ efetuou uma pesquisa com as escolas brasileiras associadas da entidade.

 

Todas as 10 instituições de ensino aumentaram o número de aulas para o ensino do idioma japonês. As escolas estão oferecendo essa disciplina há alguma tempo, mas como há uma tendência de brasileiros fixarem residência em definitivo no Japão, as aulas estão aumentando.  

 

As aulas de japonês variam de duas a quatro horas por semana.

 

Preparação para o teste de proficiência em japonês, palestras, intercâmbio com alunos japoneses entre outras atividades fazem parte da programação das escolas.  

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O Fórum Educação das Escolas Brasileiras no Japão, organizado pela NPO AEBJ, teve a participação do professor Daisuke Onuki, da Universidade Tokai. 

 

Ele falou do curso de Pedagogia, realizado pela Universidade Federal do Mato Grosso em parceria com a Universidade Tokai, a pedido do governo do Brasil, entre 2009 e 2013. Foram formados 205 estudantes, sendo que 91 trabalhavam em setor ligado à educação em pesquisa realizada cinco anos após a graduação.

 

Esse curso custou ¥60 milhões por ano, com ajuda do governo brasileiro e da Mitsui. “Formamos ótimos professores.  A educação requer investimento alto”, disse Onuki, reforçando que o diálogo entre a AEBJ e o governo japonês representa um grande avanço para a comunidade brasileira.

 

O professor Onuki também frisou que não existe escola brasileira que não se preocupe com o estudo da língua japonesa para as crianças.

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A diretoria da AEBJ vem participando de reuniões com representantes do MEXT (Ministério da Educação, Cultura, Esporte, Ciência e Tecnologia do Japão). O vice-presidente da AEBJ, Tomu Kurahashi, disse que isso é um grande avanço. “Agradecemos o auxílio do governo e o direcionamento para a saúde preventiva dos alunos. Nosso objetivo é continuar conversando com o órgão governamental para, juntos, definirmos as melhores diretrizes para as escolas”, ressaltou.

 

O presidente da AEBJ, Walter Saito, falou que “os órgãos governamentais precisam dar atenção também para a educação dos estrangeiros no Japão, pois isso se reflete no bem-estar da sociedade”.

 

A AEBJ agradece a todos que participaram do evento.  

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A AEBJ realizou o Fórum de Educação das Escolas Brasileiras no Japão online, no dia 26 de fevereiro. Todas as escolas participantes mostraram que estão reforçando o ensino da língua japonesa para os alunos, tendo em vista que cada vez mais as famílias decidem continuar vivendo no Japão.

 

Além disso, as instituições de ensino mostraram que seguem as orientações governamentais para ventilação dos ambientes, controle de temperatura corporal dos alunos e dos professores, uso constante de máscara tanto dos alunos como dos professores. 

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